Ela era só mais uma garota, apaixonada pelo céu e por amores enigmáticos e confusos. Ninguém entendia ao certo sua obsessão pelo o distante, o impossível, o deslumbrante. Tinha mania de se esconder no seu mundo, tinha birra de nunca crescer. Não queria, não podia crescer. Gostava do doce, do simples - não quando se tratava dos seus sentimentos. Era simples na forma de expressá-los, eram exatamente uma forma só, falando ou sentindo, não tinha faces inventadas para disfarçar suas emoções, era capaz de ver em seus olhos o que se passava lá dentro, eram literalmente suas janelas da alma. Mas infelizmente, era somente simples o jeito que eles se expressavam, mas não era tão menos complicados o jeito de sentí-los. Ninguém jamais entendeu a intensidade deles, por mais que fosse transparente o jeito dos próprios chegarem as pessoas. Era diferente, não era complicado, era apenas anormal. E seus sonhos eram tão distantes quanto as estrelas do céu, pouco a pouco eles foram caindo, até um dia que os olhos da garota eram opacos pela entorpência, não se via luz neles, não se via nada. Ela já não sorria, tampouco chorava. Porque na realidade era isso que seus sentimentos faziam, ela sorria por fora proporcinavelmente como chorava por dentro. Ela vivia iludindo e desiludindo, de uma forma que parecia que nunca ia acabar, mas um dia acabou. E ela já não era nada, apenas uma garota, sem sorrisos, sem lágrimas, sem sonhos, sem nada. Marcadores: defeitos, insegurança, obssessão, passado, todos, tristeza Post por: Marina Sereno - 15:48 |
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